Pensão por Morte Cônjuge: Direitos, Regras e Como Solicitar

12 de fevreiro de 2025 | Advogado Previdenciário | Jaime Antonio


A pensão por morte é um benefício previdenciário concedido pelo INSS aos dependentes do segurado falecido, garantindo apoio financeiro em um momento de grande dificuldade. Para ter direito ao benefício, é essencial atender a alguns requisitos e seguir as regras estabelecidas pela legislação.

Neste artigo, abordaremos quem tem direito à pensão, o tempo de duração do benefício, o valor da pensão e as novas regras para 2025. Também explicaremos como um advogado previdenciário pode ajudar no processo de solicitação e manutenção do benefício.


Quando o cônjuge tem direito a pensão por morte?

Além dos requisitos básicos, como o tempo de contribuição e a comprovação do vínculo conjugal ou união estável, é importante destacar que o cônjuge deve estar inscrito como dependente do segurado no INSS.

Dependentes não precisam comprovar necessidade econômica para receber a pensão, pois a dependência é presumida pelo instituto previdenciário. No entanto, se houver outros dependentes de classe superior, como filhos menores ou com deficiência, a pensão será dividida entre eles.

A duração do benefício depende da idade do cônjuge na data do falecimento do segurado. Se o beneficiário tiver menos de 22 anos, o pagamento ocorre por três anos; entre 22 e 27 anos, por seis anos; entre 28 e 30 anos, por dez anos; entre 31 e 41 anos, por 15 anos; entre 42 e 44 anos, por 20 anos; e, se tiver 45 anos ou mais, o benefício será vitalício.

Essas regras visam garantir proteção financeira ao cônjuge sobrevivente, considerando a possibilidade de reinserção no mercado de trabalho.

Além da duração, outro fator relevante é a forma de cálculo da pensão. O valor do benefício corresponde a 50% do valor da aposentadoria do falecido ou do benefício ao qual ele teria direito, acrescido de 10% para cada dependente, até o limite de 100%.

Se o segurado não fosse aposentado, o cálculo será feito com base na média das contribuições feitas ao longo da vida laboral.

Caso o benefício seja negado ou suspenso indevidamente, o cônjuge pode recorrer administrativamente ou ingressar com ação judicial para garantir seus direitos. Contar com um advogado especializado em direito previdenciário pode fazer a diferença no sucesso do pedido de pensão por morte.


Quais são as novas regras para a pensão por morte do INSS em 2025?

As regras para a pensão por morte do INSS em 2025 seguem as diretrizes estabelecidas pela Reforma da Previdência (EC 103/2019), mas podem sofrer ajustes conforme novas regulamentações. A seguir, destacamos os principais pontos atualizados para este ano:

1. Cálculo do Benefício
O valor da pensão por morte não é mais integral. O cálculo segue as seguintes regras:

O benefício corresponde a 50% do valor da aposentadoria que o segurado falecido recebia ou teria direito a receber, acrescido de 10% para cada dependente, até o limite de 100%.

Se houver apenas um dependente (como o cônjuge), ele receberá 60% da aposentadoria do falecido. Se houver dois dependentes, o percentual sobe para 70%, e assim por diante.

2. Duração do Benefício
A duração do pagamento varia de acordo com a idade do cônjuge sobrevivente no momento do falecimento do segurado:

Menos de 22 anos → 3 anos de pensão
Entre 22 e 27 anos → 6 anos
Entre 28 e 30 anos → 10 anos
Entre 31 e 41 anos → 15 anos
Entre 42 e 44 anos → 20 anos
45 anos ou mais → Pensão vitalícia

Se o casamento ou união estável tiver menos de dois anos, o cônjuge só terá direito à pensão por quatro meses, salvo em casos de acidente de trabalho.

3. Acúmulo de Benefícios
O acúmulo da pensão por morte com outra aposentadoria ou pensão segue regras mais rígidas. O beneficiário receberá 100% do benefício de maior valor e um percentual do segundo, conforme a seguinte tabela:

- Até um salário mínimo: recebe 100% do segundo benefício.
- Entre 1 e 2 salários mínimos: recebe 60%.
- Entre 2 e 3 salários mínimos: recebe 40%.
- Entre 3 e 4 salários mínimos: recebe 20%.
- Acima de 4 salários mínimos: não recebe nada do segundo benefício.

4. Filhos e Dependentes
Filhos menores de 21 anos continuam tendo direito à pensão até atingirem essa idade, salvo se forem inválidos ou tiverem deficiência, caso em que o benefício pode ser vitalício.

5. Regras para Dependentes e União Estável
Para comprovar união estável, é necessário apresentar documentos como conta conjunta, filhos em comum, nome em planos de saúde ou escritura pública declaratória. Além disso, companheiros do mesmo sexo têm os mesmos direitos que cônjuges heterossexuais.


Quando o cônjuge tem direito a 100% da pensão?

A viúva ou viúvo pode receber 100% da pensão por morte caso o falecido fosse aposentado e não houvesse dependentes concorrentes. Entretanto, com a reforma da Previdência de 2019, a regra geral estabelece que o benefício será de 50% do valor da aposentadoria do falecido, acrescido de 10% para cada dependente, até o limite de 100%.

Por exemplo, se o segurado falecido deixava apenas a viúva como dependente, ela teria direito a 60% da aposentadoria que ele recebia ou teria direito, considerando a regra base de 50% + 10% por dependente.


Quanto tempo demora para o cônjuge receber pensão por morte?

O prazo para concessão da pensão por morte pode variar, mas o INSS deve analisar o pedido dentro de 45 dias após a apresentação da documentação completa. No entanto, esse prazo pode se estender devido a inconsistências nos documentos, necessidade de apresentação de provas adicionais ou alta demanda de processos no INSS.

Caso o pedido seja negado, o beneficiário pode recorrer administrativamente ou entrar com uma ação judicial para garantir o recebimento do benefício.


Como um Advogado Previdenciário pode ajudar?

Um advogado previdenciário pode ser fundamental para garantir que o pedido de pensão por morte seja feito corretamente e que todos os direitos sejam respeitados. Ele pode auxiliar nos seguintes aspectos:

- Análise da documentação necessária para o pedido.
- Orientação sobre a duração e valores do benefício.
- Recursos administrativos em caso de negativa do INSS.
- Ações judiciais para garantir a pensão quando houver indeferimento indevido.

Se você precisa de ajuda para solicitar a pensão por morte do cônjuge ou teve seu pedido negado, buscar um advogado especializado é a melhor maneira de garantir seus direitos de forma rápida e segura.


Jaime Antonio

Advogado Previdenciário
OAB/SC 54545

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